A dor nas mamas, chamada clinicamente de mastalgia, é uma das queixas mais frequentes no consultório do mastologista. Esta busca pelo médico mastologista para relatar o problema ocorre por alguns motivos: trata-se de um sintoma muito frequente, cerca de 60 a 70% das mulheres apresentarão estas dores no decorrer da vida; muitas pacientes associam a mastalgia a alguma outra doença, como o câncer de mama, por exemplo; e cerca de 10 a 20% das mulheres experimentarão dores severas nas mamas, impactando a qualidade de vida.
Por isso, conversamos com os mastologistas e ginecologistas da Clínica Crippa sobre o assunto. A dúvida mais recorrente é se a dor nas mamas indica alguma outra doença. Segundo o mastologista, Dr. Carlos Gustavo Crippa, na maioria dos casos a dor não é secundária de outras doenças e, nem mesmo, sinal de câncer de mama, mas sim decorrentes de variações fisiológicas ou hormonais comuns nos diversos períodos da vida da mulher.
Mesmo sendo pouco frequente a associação da mastalgia a outras doenças, é necessário que o profissional realize uma investigação criteriosa para a definição do tratamento mais adequado. Para isso é realizado o exame físico e, se necessário, solicitado exames complementares como a mamografia e ultrassom, de acordo com a especificidade de cada caso.
Tratamento
Na maioria dos casos não há necessidade da indicação de tratamentos medicamentosos, já que a consulta com o mastologista acaba sendo muito tranquilizadora para a paciente. “O simples fato de a mulher saber que não há doença subjacente às dores faz com que a sensação desagradável seja melhor tolerada, sem maiores prejuízos à qualidade de vida”, conta Dr. Carlos Gustavo Crippa. Porém, há casos de mastalgia muito intensa, que interfere na qualidade de vida da paciente, neste caso alguns medicamentos poderão ser indicados pelo profissional.
Dicas comportamentais para aliviar os sintomas da mastalgia
Incorporar alguns cuidados e hábitos no cotidiano podem auxiliar a diminuir os sintomas das dores e desconforto nas mamas, como:
– Evitar usar o sutiã muito apertado, especialmente os com aro de metal. Não dormir com sutiã apertado, porém se já houver este hábito, substituir por tops esportivos;
– Evitar a ingestão de alimentos ou líquidos que tenham xantinas, como café, chás, chocolates, refrigerantes;- Converse com seu médico sobre o uso de algumas vitaminas e produtos naturais;
– Se você está na menopausa e faz terapia de reposição hormonal, converse com seu médico para estudarem juntos a possibilidade de redução da dose do hormônio utilizado ou intercalar o uso em dias alternados.