Conhecidas como quadrantectomias ou setorectomias têm a mesma eficácia que as mastectomias, quando bem indicadas. Atualmente, após décadas de estudo e milhões de pacientes acompanhadas, está sedimentado que a cirurgia conservadora é tão segura quanto a mastectomia e tem claras vantagens estéticas e funcionais, além da rápida fase de recuperação. Quando associamos as técnicas de oncoplastia e plásticas pode-se evitar sequelas estéticas, empregar cicatrizes discretas ou até mesmo excelentes resultados em casos selecionados.
Além de restaurar a aparência da mama, a reconstrução mamária pode trazer benefícios significativos para a saúde mental e a qualidade de vida das mulheres que passaram pelo câncer de mama. O procedimento tem por finalidade restaurar a aparência da mama após a remoção total ou parcial de um ou ambos os seios, devido à doença. Essa intervenção é melhor realizada quando simultaneamente à cirurgia de retirada do tumor, mas em alguns casos pode ser também em etapa posterior, após a conclusão do tratamento oncológico.Unindo as técnicas de oncologia e cirurgia plástica há inúmeras vantagens no emprego da oncoplástica: aumento das taxas de cirurgias conservadoras, maior segurança oncológica, reparação cosmética, possibilidade de redução mamária e reconstruções com próteses quando necessário.
As mastectomias consistem na remoção da maior porção possível do parênquima mamário. Existem diferentes técnicas que variam conforme a radicalidade: mastectomia radical, poupadoras de pele e poupadoras de aréola e mamilo. Conforme as necessidades de tratamento cirúrgico e as características clínicas da paciente escolhemos entre as diferentes possibilidades. Em quase todos os casos faz-se a reconstrução mamária com próteses de mama de silicone e mamoplastia contralateral quando necessário.Há uma tendência da escolha das mastectomia quando temos pacientes com mamas pequenas, tumores multicêntricos, pacientes muito jovens com histórico familiar e alterações em testes genéticos relacionados ao câncer de mama. A evolução da reconstrução mamária faz com que esta técnica seja muitas vezes escolhida por muitas pacientes, mas deve-se ter atenção que não é um procedimento isento de efeitos colaterais e sujeito a complicações.Na mastologia moderna, em que existem inúmeras possibilidades de tratamentos cirúrgicos, as mastectomias devem ser bem indicadas e a sua execução bem planejada, de forma totalmente individualizada para que seus objetivos de cura, reconstrução e restabelecimento da mulher sejam alcançados.
Há comprovação de que a cirurgia conservadora é tão eficaz quanto a mastectomia para o tratamento cirúrgico do câncer de mama. Esta técnica data de mais de 40 anos e desde então, avanços técnicos significativos e dados científicos maduros reafirmam que a cirurgia conservadora é o procedimento a ser escolhido caso a paciente não apresente contraindicação para este procedimento.